Coronavírus: a melhor vacina ainda é a prevenção!

É tempo de se cuidar. A declaração de pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde) do novo Coronavírus fez com que mudássemos nossos hábitos de vida para nos prevenir da doença já conta com mais de seis milhões casos e cerca de 169 mil mortos no Brasil.

Além de todos os cuidados que devemos tomar com a limpeza das mãos e dos objetos que manuseamos, existe um local que também facilita a transmissão do vírus: o nosso lixo. Resíduos contaminados podem transmitir a doença para todas as pessoas que irão manuseá-lo até o descarte: coletores, separadores, trabalhadores em aterros e limpeza urbana, todos dedicados a manter a limpeza e evitar que o vírus se propague ainda mais.

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2018/2019, publicado pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), 1.493 municípios brasileiros ainda destinam seus resíduos para lixões, o que representa 17,5% de todo o lixo coletado no Brasil.

Se isso por si só já pode ser considerado um grande problema de saúde pública, a forma como é feita a coleta de resíduos no Brasil faz com que a possibilidade de contaminação se torne ainda maior. A maioria das cidades brasileiras possui coleta manual dos lixos domiciliares, que posteriormente serão levados para os aterros.

Além disso, outra característica brasileira se dá na coleta seletiva. Os resíduos que chegam nas Centrais de Triagem também são separados manualmente por trabalhadores, com alto poder de contaminação.

COMO ME PROTEGER?

Medidas de prevenção vêm sendo adotados pelos governantes para tentar minimizar a situação. Porém os trabalhadores também podem se cuidar, com algumas precauções durante o trabalho:

  • Higienizar as mãos com água, sabão, álcool gel;
  • Manusear elementos cortantes com todo o cuidado;
  • Limpar, desinfetar e higienizar os espaços e equipamentos de trabalho;
  • Utilizar equipamentos de proteção individual (luvas, máscaras e botas);
  • Evitar contato com elementos pontiagudos;
  • Vacinar-se;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Evitar os vapores emitidos na compactação dos resíduos;
  • Comunicar qualquer sintoma do Coronavírus.

Já para os moradores que estão em quarentena dentro de casa, a recomendação é que caso possua uma pessoa contaminada, o lixo deverá ser separado do restante dos moradores e deve ser ensacado duas vezes em sacos resistentes, descartáveis, com enchimento de até dois terços da sua capacidade e com nó reforçado. Essa medida busca evitar o contato dos coletores com possíveis resíduos contaminados. 

Além disso, máscaras, luvas e outros objetos de uso pessoal são considerados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos como material infectante do Grupo A, isto é, contém microrganismos capazes de originar algum tipo de contaminação por bactérias, vírus entre outros tipos de agentes infectantes. Portanto, devem ser evitadas de serem jogadas no lixo comum e recomenda-se que sejam levados para locais que fazem o destino correto, como empresas ou locais que fazem coleta de resíduos infectantes.

Portanto, com todas essas medidas, fica claro que muitos casos de infecção podem ser evitados quando tomamos precauções simples, visando nossa proteção e uma visão coletiva, respeitando todas as pessoas. Afinal, viver em sociedade também é preocupar-se com o próximo.